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domingo, 20 de fevereiro de 2011

SEQUÊNCIA DIDÁTICA 3º ao 5º anos. NOVA ESCOLA- EDIÇÃO ESPECIAL. NOV 2010

SEQUÊNCIA DIDÁTICA
3º ao 5º ano
Leitura para refletir sobre a escrita
Objetivos - Reconhecer a leitura como uma fonte essencial para produzir bons textos. - Saber reconhecer, organizar e utilizar nas produções os recursos linguísticos presentes nos textos lidos. Conteúdo Produção textual.
Anos Do 3º ao 5º ano.
Tempo estimado  Cinco aulas. Material necessário Lápis, borracha, papel e livros ou textos selecionados como referência. Uma sugestão é a coletânea de contos do Livro de Textos do Aluno do Programa Ler e Escrever.

Flexibilização para deficiência visual Escolha textos disponíveis em braile para alunos cegos alfabetizados nesse sistema.

Desenvolvimento  1ªetapa  Antes de iniciar o trabalho da leitura direcionada para a melhoria da escrita, promova a ampliação do repertório, selecionando obras que sirvam de referência para o momento da produção. Ler diversos textos de um mesmo gênero ou autor colabora para que os alunos se apropriem de mais elementos para a produção de suas próprias composições.
Procure garantir que a leitura enfatize a linguagem usada e o efeito que ela provoca. Escolha autores adequados à faixa etária dos alunos e, no caso de textos clássicos, evite as adaptações malfeitas, que cortam demasiadamente as histórias. Depois peça que as crianças escrevam um conto com o mesmo tema dos que foram lidos.
Flexibilização para deficiência visual Alie o planejamento das aulas com as atividades na sala de recursos e estimule o aluno com deficiência a reler os textos com o máximo de atenção possível no contraturno. Leve para a sala de aula uma máquina braile ou uma reglete para que ele anote as informações que considerar relevantes para, mais tarde, produzir o seu próprio texto.

2ªetapa  Inicie a atividade analisando, com os alunos, as produções realizadas por eles. A ideia, nessa fase, é listar os problemas que podem ser resolvidos recorrendo a outros textos e outros autores. No quadro, organize os problemas encontrados, criando uma tabela de classificação que ajude a tornar mais fácil a observação dos aspectos que estão sendo analisados.
As colunas dessa tabela podem ser: marcas características de cada gênero, como expressar estados de espírito e emoções, descrever cenários, usar palavras para expressar rapidez ou lentidão e a pontuação para destacar falas..
Para organizar o trabalho, em vez de atacar todos os problemas de uma só vez, destaque o foco que mais atenda às necessidades do grupo

Flexibilização para deficiência visual Todos os pontos da discussão levantados pela turma devem ser repassados pelo professor ao aluno com deficiência visual. Nesse caso, os problemas encontrados nas produções textuais dos alunos devem ser enumerados oralmente.

3ªetapa 
Volte aos livros lidos nas atividades de ampliação de repertório e ajude os estudantes a buscar meios para resolver os problemas listados. Uma possibilidade é reler algum texto, mas dessa vez pedindo que a turma ouça, com atenção, o modo como o autor desenvolve a história: como ele apresenta os fatos e os personagens, como descreve o cenário,quais expressões destacam emoções - trata-se aqui de identificar os recursos que dão ao texto o status de boa qualidade.
Eleja alguém do grupo para ser o redator de um cartaz com o resultado dessa reflexão, cujo título pode ser "Elementos que podemos usar para dar qualidade a um texto".
Flexibilização para deficiência visual Ao longo da produção do cartaz, sugira que o aluno com deficiência visual colabore na discussão dos itens e expressões listados. O conteúdo do cartaz pode ser copiado em braile, para que o aluno cego também tenha acesso a esse material de apoio na sequência da atividade.

4ªetapa 
Com base na lista de elementos do cartaz, discuta como os itens podem ser utilizados nos textos dos alunos, tentando estabelecer com eles critérios de organização. Reúna, por exemplo, expressões que podem ser usadas para se referir ao tempo: passo a passo, rapidamente, com muita cautela, demoradamente, num piscar de olhos, etc. Faça o mesmo para as outras categorias criadas.
Para estados de espírito, por exemplo: com certeza, exitado, alegremente, cabisbaixo, com lágrimas nos olhos.Em seguida, recomende aos estudantes que voltem ao texto original para iniciar a produção de novas versões - elas serão as intermediárias, já com a incorporação de tudo que aprenderam nas leituras anteriores.
Por fim, oriente que todos façam a própria revisão e realize uma nova avaliação do texto, chamando a atenção para os demais focos de atenção e mostrando como é possível avançar com a composição atacando outros problemas. Comente com os alunos que esse é um procedimento comum aos esritores.
Avaliação Observe a participação de cada aluno com base nos seguintes aspectos: ele faz comentários sobre a qualidade do que lê? Percebe o que torna os textos claros ou bem escritos? Utiliza recursos que auxiliam na escrita? Identifica textos e autores que possam ajudá-lo numa questão específica? Para os que apresentam maior dificuldade, recorra sempre ao trabalho em parceria - se for o caso, realize junto com o estudante esta sequência didática.
 
Consultoria: Débora Rana Psicóloga e formadora de professores do Instituto Avisa Lá, em São Paulo.

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